sábado, 7 de julho de 2012

Equus (Teatro Folha)

Enfim que volta, para um novo post.

Prometi voltar com mais frequência, mas perder o hábito realmente é complicado. No entanto, logo menos me organizo e volto a postar mais por aqui.

Bom, esse post é a respeito da peça Equus, em cartaz até o dia 19 de agosto desse ano, no Teatro Folha (dentro do shopping Higienópolis). O espetáculo já gerou bastante repercussão na Inglaterra, sobretudo em função do protagonista ser Daniel Radcliffe, o ator da saga Harry Potter e de ele realizar cenas de nudismo juntamente a um cavalo. A estreia em São Paulo teve muito sucesso, em função da grande divulgação, inclusive na grande Rede Globo.


No elenco, temos Leonardo Miggiorin no lugar de Radcliffe, interpretando Alan Strang, jovem bastante complexado que passa a se consultar com o psiquiatra Martin Dysart (Elias Andreato), depois de um perturbador crime: ter cegado 5 cavalos do estábulo onde trabalhava. No decorrer da história, Martin tenta desvendar os problemas de Alan, através sobretudo de sua família e de seu passado. No entanto, as revelações vão se mostrando cada vez mais intensas, e acabam fazendo com que Martin enfrente seus próprios medos e inseguranças.



Diferentemente da versão britânica, que contava com cavalos de verdade no palco (algo que para mim é bastante questionável, uma vez que o trabalho representa um estresse terrível para o animal), em São Paulo podemos contar com atores que representam os bichos. Pode parecer estranho e até mesmo questionável, mas a representação deles ficou maravilhosa e tornou a peça, a meu ver, ainda mais intensa. Admiro bastante a criatividade do brasileiro em adaptar o óbvio, tornando-o ainda mais artístico.

Outro fator que merece destaque é a atuação de Miggiorin. Não se precipite com essa carinha de ator da Malhação, pois ele atua magnificamente. Chega a ser perturbador vê-lo sofrer com todo o seu passado e o reflexo deste em suas ações. Miggiorin expressa brilhantemente a imensidão de sentimentos pelos quais Alan passa. Além disso, as cenas de nudez foram feitas com grande profissionalismo, algo que também me surpreendeu. Aliás, esse é um ponto que deve ser salientado: existem algumas cenas em que ele e uma outra garota aparecem nus, algo que pode incomodar determinado público. Mas é importante que se diga que em nenhum momento há cenas vulgares, desnecessariamente sexuais e sobretudo de zoofilia. 



Para quem não se incomoda com isso, a peça tende a ser um ótimo espetáculo. Não é exatamente uma história que eu considere comercial, já que "não é para qualquer um", devido à densidade do assunto e tudo mais. Mas é uma dica interessante para quem busca uma peça inteligente, dessas que prendem a plateia do começo ao fim.

Os ingressos variam de 40 a 60 reais a inteira. A partir de hoje, sextas as 21h30, sábados as 22h e domingos as 20h. A duração é de 90 minutos e o conteúdo não é recomendado para menores de 16 anos.
Encontrei aqui um vídeo para quem se interessar:



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