quinta-feira, 31 de maio de 2012

Peculiaridades de Nova York

Arranha-céus de Manhattan
Provavelmente este será o primeiro de muitos posts sobre a cidade mais incrível do planeta (humilde opinião). Não apenas por haver muito o que falar sobre a grande metrópole, mas também pois planejo viajar para lá por 6 meses em breve. Mas que isso fique para outro momento.

Nova York, cidade mais populosa dos Estados Unidos e uma das mais populosas da América, atrás apenas da Cidade do México e de São Paulo. Tentar elencar tudo que há de interessante por lá seria um trabalho árduo e por fim perdido, mas posso descrever um aspecto que logo me chamou a atenção: as pessoas.

Não, não me refiro apenas aos americanos estereotipados que nos vem a cabeça, louros e acima do peso, mas isso também existe. Também não me refiro apenas à população de latinos que cresce a cada dia, fazendo-nos ouvir o espanhol soar na mesma frequencia que o inglês, mas isso também existe. Ainda sinalizo que não me refiro aos montes de brasileiros, turistando pelas ruas enumeradas de Manhattan, cheios de sacola nas mãos, nos fazendo sentir próximos de casa mesmo estando tão longe, mas isso também existe. Não me refiro apenas a nenhuma cultura, nacionalidade, etnia. Me refiro, sim, ao conjunto delas.

Times Square

Isso torna Nova York um lugar tão incrível. O choque de culturas em meio à Times Square é absurdo. Você ouvirá o familiar português, com certeza. Mas também ouvirá um chinês (ou uma legião deles, como é mais habitual) andando em grupo com enormes câmeras fotográficas. Com certeza encontrará uma família de indianos, com aqueles lenços e roupas exóticas, sempre com diversos filhos consigo. E ainda verá a comunidade árabe que, apesar de toda a discriminação que sofre na cidade do 11 de setembro, ainda é vista aos montes. Como se não bastasse, temos ainda todas as outras línguas europeias, asiáticas, e por ai vai.

Bairro do Harlem

Como se não bastasse, temos os nova yorquinos (ao menos pareciam ser nativos, mas em uma cidade como essa, com tanta gente, sabe-se lá, não é?). Não me refiro a todos, logicamente generalizações não costumam ser convenientes nessas situações. Mas nunca havia me deparado com tipos tão diferentes. O homem da foto, por exemplo, me pareceu um personagem de filme, um gangster, andando pelas ruas próximas ao Central Park com suas calças (extremamente) baixas, cuecas a mostra e gorro. Não duvidaria ainda se ele fosse um desses famosos rappers americanos.

Em Manhattan
Essa outra foto é outro exemplo, e junto a ele vários poderiam ser dados. Poucas foram as imagens que consegui captar bem as pessoas, pois, exceto nas poucas vezes em que pude ser discreta, isso pareceria bastante indelicado. Mas o que mais senti falta em minhas fotografias foram exatamente essas peculiaridades. Fotografar a paisagem é necessário, mas sem pessoas elas não passam de boas imagens, porém cruas. Captar indivíduos torna as recordações mais vivas, mais palpáveis, mais próximas. A meu ver, conhecer gente em outros países, ou apenas observá-las, enriquece incrivelmente uma viagem, tornando-a ainda mais uma experiência única e rica culturalmente.

Para não cair no clichê de postar New York, New York ao final deste post, encontrei um vídeo bastante interessante com imagens bonitas da cidade e ainda com a peculiaridade de gravar o que parecem ser pessoas voando. Se interessou? Assista:


Pra quem é Addams

Já postei sobre música, já postei sobre filme. Agora um post sobre uma peça. Um musical, para ser mais específica.

Quando estive em Nova York, há dois anos atrás, fui assistir ao espetáculo da Broadway "Família Addams", sinceramente, sem muitas expectativas. Pensei que seria engraçadinho, mas nada muito fora do comum. Logicamente eu subestimei a Broadway, na minha ingenuidade de quem nunca havia assistido um musical deles. Mas admito que me surpreendi com o que vi. Além de ter sido divertidíííssimo, de ter cenários muito bem montados, ainda tive o prazer de contar com ninguém menos que Nathan Lane como Gomes. Foi certamente uma experiência inesquecível. Mas o único porém eram as piadas, pois algumas delas se referiam a assuntos que um estrangeiro não tem conhecimento.

Addams Family, na Broadway

Dois anos depois, descubro que teríamos o mesmo espetáculo aqui no Brasil. Logo que surgiu a oportunidade de ir, eu fui, um pouco receosa com a Marisa Orth de Mortícia. Ela se superou, mas ainda a enxergo como uma atriz cômica demais para um papel de uma personagem com a frieza da Mortícia. Enfim, de qualquer forma, a peça é incrível. Como sempre, pelas exigências da própria Broadway, havia uma grande semelhança com a versão americana, no figurino, no cenário e etc. Mas as piadas foram adaptadas para a cultura brasileira. Desde "pra nooossa alegria" até "ai se eu te pego" (triste nossas referências, não?), contando até com anedotas sobre o triste Morte e Vida Severina, o espetáculo se superou com tiradas ótimas, engraçadíssimas e muito divertidas. Destaque para o Daniel Boaventura como Gomes e para Laura Lobo (que também atuou em O Despertar da Primavera, um dos meus musicais prediletos) como Vandinha, que possui uma voz surpreendente.

Familia Addams, no Teatro Abril

Os ingressos vão de 70 a 250 reais a inteira e a peça está em cartaz todas as quintas e sextas às 21h, sábados às 17 e 21h e domingos às 16 e 20h. Mais informações no site http://www.afamiliaaddams.com.br/ .

A seguir um vídeo da abertura da peça, para quem se interessar (de olho na piada de Morte e Vida Severina, rs).


quarta-feira, 30 de maio de 2012

Venice

Para encerrar os posts do dia, decidi postar fotos que tirei em uma viagem que fiz ano passado para a Itália. As fotos que postei são em Veneza, uma cidade lindíssima e, ao contrário do que muitos dizem, seu cheiro não é nada muito forte (rs). É um destino que não merece tanto tempo de viagem, pois, por ser pequena, os principais pontos turísticos podem ser vistos em dois ou três dias, mas, ao mesmo tempo, deve constar em todo e qualquer roteiro com destino à Itália.


O passeio de gôndola (os pequenos barcos das fotos) é essencial e, apesar de caro, vale cada centavo, para que se conheça a cidade da melhor forma possível. Outros passeios legais são a visita à fábrica de cristais de murano e a Piazza di San Marco, localizada bem no centro, com a linda Basílica, que leva o mesmo nome. Recomendo!




Welcome Home (Propaganda da Nikon)

Bom dia,
O post de agora será breve.
Acredito eu que boa parte das pessoas (pelo menos posso dizer por mim e pelos meus amigos mais próximos) que assistiram a um filme da campanha da Nikon "Eu Sou Nikon" perceberam que, além de ser linda e emocionante, a propaganda leva ao fundo uma música sensacional. Como eu não a conhecia e acabei tendo acesso a ela por acaso, trocando dicas de músicas com um amigo, resolvi divulgá-la aqui. A banda que a criou chama-se Radical Face e seu nome é Welcome Home. O clipe é bem bacana também, vale a pena. É evidente o poder que esta trilha trouxe à propaganda, pois concebeu-lhe uma emoção que as imagens por si só não conseguiriam.

Eu Sou Nikon


Principalmente o momento que o cantor fotografa a platéia, para mim, é digno de arrepio. Sensacional!

Video da música:
Radical Face - Welcome Home




terça-feira, 29 de maio de 2012

Inception (A Origem)

Para aqueles que ainda não assistiram a esse incrível filme, talvez seja interessante ler este post até o momento que for recomendado, para que eu não me sinta responsável por arruinar seu final.

Acabo de assistir pela segunda vez esta obra-prima de Christopher Nolan e, posso afirmar, continuo intrigada com esta história. Me propus a procurar resenhas e discussões sobre o filme, a fim de compreender melhor suas diversas interpretações, sobretudo com relação ao final.

Antes de mais nada, vamos ao seu enredo. Dom Cobb, personagem de Leonardo DiCaprio, é um especialista em adentrar em sonhos, pois desta maneira pode persuadir uma pessoa a adquirir uma determinada mentalidade. Vale enfatizar o fato de que, devido à dificuldade de distinguir o que é realidade e o que não é, Cobb possui um "totem", um pião, para que ele saiba quando está sonhando ou não. Quando ele está sonhando, o brinquedo não para de girar.



Continuando, ele recebe a tarefa de introduzir uma ideia na mente de Fisher (Cillian Murphy) um herdeiro que se tornara milionário com a morte de seu pai. Essa missão é demonstrada na trama, expondo o plano da equipe de Cobb e as diversas dificuldades em executá-lo.

Certamente a maior dessas dificuldades seja a falecida esposa de Cobb, Mal (Marion Cortillard). O casal viveu por muitos anos num ambiente de sonhos criado por eles, mas em determinado momento decidem que precisam voltar à "realidade". No entanto, já acordada, Mal perde suas referências do que é, de fato, real, e acaba se suicidando. Sua lembrança acompanha Cobb nos sonhos em que adentra e constantemente o atrapalha.

Ao mesmo tempo confuso, mas intrigante. A ideia de entrar em um sonho como forma de coerção é bastante interessante, assim como pensar em uma espécie de realidade paralela, um pouco semelhante às discussões de Matrix. Inclusive o questionamento do casal, sobre ser mais feliz ao viver em um sonho, ao invés de encarar a realidade, com certeza passa pela cabeça de quem o assiste. Será mesmo que cada um de nós se proporia a largar todo um mundo criado da forma que mais lhe agrada, para enfrentar as desgraças e dificuldades da realidade?

Bom, mas o que mais merece destaque na discussão sobre o filme é seu final. Talvez quem ainda não o assistiu deva parar de ler agora.

No final, Cobb está com a arquiteta integrante da equipe, Ariadne (Ellen Page) e sua esposa em um nível bastante profundo dos sonhos. A garota consegue escapar, mas Cobb encarrega-se de salvar outro homem. No entanto, quando está em frente a esse homem, ambos mirando uma arma um para o outro, a fim de sair desse sonho, a imagem é cortada.

A próxima cena já situa Cobb, juntamente com sua equipe, em um avião, o local onde eles começaram a penetrar nos sonhos do milionário. Aparentemente, o plano funcionou. Ele retira suas malas e é levado para sua casa, para finalmente encontrar com seus filhos, que há tempos não via. Quando finalmente os encontra, ele gira o pião, mas ver as crianças o distrai e ele não termina de ver se seu totem parou de girar. A câmera acompanha Cobb ao encontro de seus filhos, e depois retorna para o pião. Ele gira, mas antes de percebermos se ele irá parar de rodar ou não, o filme acaba. Portanto, questiona-se: Ele está sonhando?



Acredito que Nolan tenha criado este final para que, de fato, não houvesse uma resposta única. No entanto, algumas dicas são deixadas pelo filme (mas admito que as li na internet!) que me fizeram crer que, infelizmente, Cobb está mesmo sonhando. Além do fato de o pião demorar bastante girando, percebe-se claramente que seus filhos, mesmo que estejam de costas, não cresceram, não mudaram em nada, estando exatamente iguais à ultima vez em que seu pai os viu (essa imagem deles de costas frequentemente aparece nos momentos que Cobb está sonhando). Além disso (esse eu realmente não percebi), sempre que Cobb está em sonhos, ele porta uma aliança. No entanto, quando está acordado, não a utiliza. Pelo que li, no final do filme, ele está de aliança, o que nos levaria a crer que ele ainda sonha.

Independentemente do final, A Origem é um filme espetacular, que leva não apenas a esta, como a diversos questionamentos, deste o debate sobre o que é real, o que é vale mais a pena para se viver, até as formas mais intrigantes de coerção perante um ser humano, por mais hipotéticas que sejam. Para finalizar, deixo aqui o trailer do filme, espero que gostem!




(imagens e algumas ideias retiradas de http://www.gamevicio.com/i/noticias/61/61075-caiu-ou-nao-o-final-de-a-origem/index.html)

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Um relicário imenso deste amor

Boa noite,

Decidi iniciar um blog para expor ideias, sejam elas sobre música, política, beleza, viagem ou meras notícias cotidianas. Espero que surjam discussões interessantes e talvez mais a diante que esse site enviese para um caminho específico.

De início, decidi trazer a música que me levou a nomear o blog. A canção Relicário foi criada por Nando Reis e interpretada por ele juntamente com Cássia Eller (pelo menos na versão que mais me agrada). Como grande fã do ruivo, emociono-me bastante com essa música, desde sua letra até a melodia. Em janeiro deste ano tive o prazer de assistir ao show do cantor no Credicard Hall, na zona sul de São Paulo e, com certeza, recomendo bastante.