quinta-feira, 4 de julho de 2013

O Retorno do Sai De Baixo



Talvez o assunto escolhido para esse post desvie um pouco o rumo que o blog estava tomando, mas não pude resistir em trazê-lo aqui. Há dois dias tive o prazer (e a tristeza também) de assistir ao último episódio da curta temporada do "clássico" Sai de Baixo, apresentado no Canal Viva. Uma incrível idéia de trazer uma das séries cômicas de TV mais aclamadas do país (talvez ao lado de Os Normais) depois de mais de 10 anos fora do ar.

Sai de Baixo

O show começou em 1996 aos domingos na Rede Globo - nos longínquos tempos em que o domingo a noite na TV aberta era menos deprimente. Idealizada por Daniel Filho e Luis Gustavo (o querido Vavá), a ideia foi criar um programa humorístico pouco convencional para os moldes da época. Ambientado em um teatro paulistano, Sai de Baixo sempre contou com todos os artefatos que um espaço teatral poderia proporcionar: irreverência, interação com a plateia, criatividade e muita improvisação. Não havia a rigidez de um diálogo decorado, ou da seriedade dos atores. Muito pelo contrário: frequentemente a história se desviava e os atores criavam piadas novas durante as gravações. Daí a importância de grandes nomes e talentos da TV brasileira.

 O elenco principal contou e conta com:
  • Miguel Falabella como Caco Antibes, homem acostumado a viver no luxo, mas que devido a problemas com a Receita Federal, perdeu boa parte de seus bens, inclusive uma mansão nos Jardins. O personagem é talvez o mais irônico de todos, não poupando piadas engraçadíssimas a respeito de seu repúdio a pobres, mesmo estando falido. 
  • Marisa Orth como Madga, esposa fútil de Caco, com mentalidade infantil e ignorante. Sempre arrisca uns ditados populares, sem sucesso.
  • Aracy Balabanian como Cassandra, mãe de Magda que passa a morar com o casal após da morte de seu marido. Seus diálogos com Caco não poupam (cômicas) ofensas.
  • Luis Gustavo como Vavá, tio de Magda e irmão de Cassandra, que abrigou o casal e a irmã após serem despejados.
  • Marcia Cabrita como Neide Aparecida, empregada desbocada e grande amiga da família.

Elenco atual


E sente falta de:

  • Tom Cavalcante como Ribamar, porteiro confuso que devido a um erro médico captava ondas de rádio e TV, por isso constantemente "incarnava" personagens e atores famosos. Com outros projetos e o afastamento da Rede Globo, Tom não participou das novas gravações.
  • Cláudia Jimenez como Edileuza, na minha opinião a melhor empregada que passou pelo programa. A atriz saiu do elenco por desentendimentos com os diretores, que não poupavam piadas a respeito de seu peso. Atualmente recupera-se de uma cirurgia, o que a impossibilitou de voltar ao programa.

Elenco original

Apesar do grande sucesso, a série perdeu força no decorrer dos anos. O elenco se desfalcou e a audiência brasileira mudou. O concorrente SBT trouxe A Casa dos Artistas ao ar, iniciando a febre pelos reality shows no país. Para acompanhar a concorrência, a Globo trouxe o programa No Limite, que aos poucos tomou o horário do Sai de Baixo. Houve esforços para manter o programa no ar, mas em 2002 decidiu-se por encerrar a série.

Anos mais tarde, em comemoração dos 3 anos do Canal Viva, surge a ideia de trazer novamente a serie ao ar. Para aqueles que temiam um desastre, em função dos anos de distanciamento, se enganou profundamente. O entrosamento entre os atores manteve-se intacto, assim como o talento em se fazer rir. É incrível como não foram apenas os móveis da casa que continuaram iguais; a relação também.

E a vantagem de retornar em um canal como o Viva é a maior liberdade nos textos. Comentários que foram feitos, possivelmente, teriam de ser cortados de um canal como a Globo. Mas aqui, não foram poupadas críticas ao governo, piadas sobre a inflação do tomate e espetaculares diálogos ácidos envolvendo o conflituoso e homofóbico pastor Marco Feliciano, que recebeu até mesmo “chupa” e “não me representa”. Apesar de as piadas serem “atualizadas”, nada do que havia anteriormente foi perdido.


Entrada do programa

A iniciativa merece grandes aplausos e elogios. É emocionante voltar a assistir um programa que pertenceu à história de tanta gente. Não se ateve ao politicamente correto, ao previsível, ao convencional. Manteve o grande respeito que faz do título Sai de Baixo um nome de grande peso na história da TV brasileira.


segunda-feira, 1 de julho de 2013

O Doador (The Giver)

Boa noite,

É tão prazeroso voltar a escrever que não pude resistir e decidi criar mais um post. Neste caso, decidi abordar um livro que fui indicada a ler em Nova York e me apaixonei completamente, tanto pela temática quanto pela forma com que foi escrito (pelo menos na versão em inglês). O Doador (The Giver, na versão original) é uma narrativa bastante tranquila, apesar de abordar um tema complexo, e completamente contagiante. Digo isso pois, em 2 dias, devorei as suas quase 200 páginas, como que num vício incontrolável.


Capa americana do livro

Publicado em 1993 e escrito pela autora havaiana Lois Lowry, O Doador descreve uma sociedade utópica em que não há desigualdade, sofrimento, ou ambição, pois simplesmente não há diferença alguma entre os seres humanos, não há desejo ou mesmo sentimento. Uma sociedade, teoricamente, perfeita, em que não existem conflitos, guerra, assassinatos, fome.

As regras são completamente restritas, desde a vestimenta adequada para cada idade, até a importância do vocabulário correto no momento em que se descreve uma ação ou pensamento. Todos os habitantes da comunidade andam em bicicletas. Todos possuem basicamente as mesmas roupas. Até mesmo o cabelo das meninas deve ser preso da mesma forma, sendo que, caso este se solte, há uma urgência em arrumá-lo. E o que mais me impressionou: cônjuges e até mesmo filhos são escolhidos por aqueles que representariam o Estado. Não há casamento por amor, porque simplesmente não há amor. Não há sexo, porque impede-se a existência do prazer. Não há inconformismo, pois ninguém nessa comunidade jamais testemunhou ou ouviu falar de uma sociedade diferente, em uma realidade diferente. Ninguém, a não ser, o doador.



E essa é a tarefa que o garoto Jonas, o personagem principal da história, será designado a cumprir. Ah sim, o "Estado" escolhe, inclusive, sua profissão, baseado na análise de seu comportamento quando criança, uma das poucas (senão a única) presenças de distinção entre os indivíduos desse grupo. Seu dever pode ser desde gerar crianças (sim, acredite), até construir casas ou cuidar dos mais velhos.

Na celebração de seu décimo segundo ano de vida (todos as 50 crianças que nasceram em determinado ano - pois só nascem 50 por ano - comemoram seus "aniversários" no mesmo dia) Jonas recebe a incrível tarefa de ser o doador. É uma tarefa bastante incomum. Não é concebida todos os anos, muito pelo contrário. A última vez fora a 10 anos atrás, e obteve um final trágico, do qual nenhum cidadão é autorizado a comentar. Mas Jonas foi escolhido, pois descobriu-se que o garoto era, simplesmente, diferente.




Jonas é informado que sua tarefa é digna de muita honra. No entanto, lhe trará muito sofrimento e será o maior desafio de sua vida. Mesmo aqueles que o elegeram pouco sabem o que ela representa de fato. O único que a conhece é seu mentor, o atual doador. Jonas passa a ser admirado por toda a comunidade, mas teme o que essa tarefa poderá lhe causar.

Nas páginas seguintes ocorrem os momentos mais incríveis - super bem descritos - de como o doador transmitirá memórias para Jonas. É extraordinária a forma como Lowry descreve o primeiro contato de um garoto com basicamente tudo que nos rodeia. O calor do sol, a beleza da neve, a felicidade de um natal ou a dor da fome. É triste e maravilhoso ao mesmo tempo, é indescritível e gera muita, mas muita reflexão.




Resenhar esse livro é bastante complicado, devida a densidade e complexidade do assunto. No decorrer da história, o menino descobre fatos assustadores sobre sua sociedade, sobre literalmente todos que o rodeiam. E passa a questioná-la. Afinal, por que apenas uma pessoa em toda a comunidade deve carregar tamanha responsabilidade? Ainda mais, por que prover todos os outros cidadãos de situações e sentimentos tão ricos? A falta da dor justifica a completa ignorância? A passividade com relação ao mundo é realmente o ideal de sociedade?

Receio que não deva ir mais adiante, pois não quero prejudicar a leitura daqueles que se interessaram pela história, Asseguro-lhes que valerá a pena. Se algumas dúvidas permeiam suas mentes nesse momento (talvez com relação às imagens que escolhi para ilustrar esse post), saiba que estas foram propositais. E que a cada página você poderá realmente se surpreender, sendo transportado para uma realidade incrivelmente excitante e assustadora.



ps. 1: Para os corajosos, recomendo a leitura no idioma original, para que não se percam os mínimos detalhes. Asseguro-lhes que o vocabulário é tranquilo e de simples compreensão.
ps. 2: Ao final de sua leitura, tente reler esse post. Talvez suas dúvidas sejam esclarecidas. Caso o faça, não se esqueça de comentar!

A Primeia Noite de um Homem (The Graduate)

Boa noite amigos,

Estou voltando a escrever por aqui depois de cerca de um ano parada. O motivo de minha ausência? Uma oportunidade incrível de passar um ano em Nova York. Com o meu retorno, volto também com uma bagagem cultural imensa, proveniente do lugar mais singular e heterogêneo que já conheci. Fiquei feliz em encontrar o blog com mais de 1.000 acessos, mesmo depois de todo esse tempo, outro fator dentre vários que me motivou a voltar a escrever.

O filme que decidi resenhar é clássico americano de 1967, A Primeira Noite de um Homem, dirigido por Mike Nichol. Apesar da péssima tradução para o português de seu título (The Graduate, em inglês), não pense que a temática será meramente romântica, trash, ou mesmo sexualizada. O filme, de gênero cômico-dramático, é um retrato interessantíssimo da sociedade americana da época e retrata como poucos a vida e as inseguranças de um jovem, tanto nesses tempos como, me arrisco dizer, atualmente. Contrariando os conceitos da década, o longa trabalha a insegurança, a dominação e o controle, de maneira vanguardista, com ótimos simbolismos que serão embasarão esse post.


Famosa imagem de capa do filme
Famosa imagem de capa do filme

Encontramos aqui um jovem chamado Benjamin Braddock (interpretado - acredite - por Dustin Hoffman, no comecinho de sua carreira), que havia se formado recentemente e encontrava-se extremamente pressionado por todos a sua volta a respeito do que fazer com seu futuro. Em uma festa organizada por seus pais para celebrar sua graduação (na realidade, um grande exibicionismo por parte deles com o intuito de impressionar seus amigos com os feitos de seu filho), Benjamin conhece Mrs. Robbinson (Anne Bankroft), uma senhora pelo menos uns 20 anos mais velha, que acaba por seduzí-lo. A partir daí, cenas divertidíssimas passam a ocorrer, sempre baseadas na insegurança de Benjamin e no imenso controle que Mrs. Robbinson consegue exercer sobre o garoto. Na época, o filme se tornou tão famoso que "Mrs. Robbinson" virou um termo comum nos Estados Unidos para caracterizar exatamente mulheres que se relacionam com homens mais jovens.


Curiosidade: apesar de representarem personagens com idades bastante diferentes, os atores tinham apenas 6 anos de diferença entre si na vida real.


Benjamin divide cena com aquário, elemento emblemático do filme
Benjamin divide cena com aquário, elemento emblemático do filme

Com um elenco incrível que contou ainda com a lindíssima Katharine Ross no papel de Elaine, filha de Mrs. Robbinson, esse filme é repleto de mensagens implícitas e interpretações que permeiam o momento que o personagem está vivendo. O mais interessante de todos é a relação de Benjamin com o elemento água, facilmente perceptível na história. Esse elemento geralmente carrega significados diversos, mas aqui retrata basicamente o sufocamento e a insegurança do protagonista. Logo no começo da trama, Ben encontra-se pensativo, dividindo a cena com um aquário em seu quarto, enquanto a festa de sua graduação ocorre no andar térreo da casa. Ben está se despedindo de sua vida adolescente nesse momento, cheia de liberdades e poucas responsabilidades, para a vida adulta, repleta de deveres e que, em um primeiro momento, o assusta. O aquário representa aqui essa nova vida e as pressões que ela traz consigo.

Um momento em que isso é ainda mais evidente ocorre alguns minutos depois, quando o pai do jovem lhe presenteia com uma roupa de mergulho. A comprovação de sua insegurança se torna clara quando Ben coloca a roupa e é forçado por seus pais a mergulhar na piscina de casa em frente aos seus amigos, representando a obrigação do menino em imergir nesse novo mundo. O protagonista encontra-se simplesmente apavorado, receoso e envergonhado.


Benjamin com roupa de mergulho imerso na piscina
Benjamin com roupa de mergulho imerso na piscina

Momentos mais tarde, a relação de Benjamin com a água aparentemente muda, assim que o relacionamento com Mrs. Robbinson começa. O personagem agora aparece flutuando sob a piscina (imagem abaixo), aparentemente relaxado. Ele passa a crer que sua vida se endireitou, quando na verdade ele está sendo sugado e controlado pela amante. A forma que o diretor encontrou para retratar isso foi um ótimo jogo de cenas, que misturam as noites do casal com os dias de Ben sob a piscina. Ele parece estar tranqüilo, mas no momento que mergulha novamente na água, a cena é transferida para ele indo deitar-se com Mrs. Robbinson, como se ela fosse o tanque d'água que o absorve.


Ben descansando sob a piscina
Ben descansando sob a piscina

No decorrer da história, diversas outras cenas contém interpretações incríveis que tornam o filme uma real obra de arte. Pouparei os próximos, primeiro pois não desejo me prolongar muito mais nesse post, e segundo para manter a curiosidade de meus leitores. Caso assistam, recomendo que atentem para esses elementos, que se fossem todos descritos aqui poderiam virar até mesmo um trabalho de graduação. O filme se tornou um de meus prediletos e, para completar, ainda conta com uma trilha sonora espetacular de Simon e Garfunkel (destaque para Sound of Silence e Scarborough Fair). Espero que essa análise tenha lhes trazido interesse, pois o filme realmente vale a pena (mesmo para aqueles que não costumam se interessar por filmes mais antigos, como já foi meu caso).

Como de costume, colocarei um vídeo do filme para vocês darem uma olhada. Procurei um trailer oficial, mas não encontrei nenhum realmente confiável. De qualquer forma, segue este daqui:





segunda-feira, 9 de julho de 2012

Para Roma, Com Amor (To Rome With Love)

Tenho tentado variar um pouco os assuntos mas, devido a esse período de férias, fica difícil não assistir a milhões de filmes. Ai não resisto e acabo falando sobre eles.

No entanto, no caso deste aqui, a recomendação realmente vale a pena. Confesso que fui assistir Para Roma, Com Amor bastante desanimada. O gênero do Woody Allen até me agrada, mas para assistir em um dia chuvoso, em casa, quando não há nada para fazer. Me mobilizar para ir ao cinema, assistir a um filme dele... É, não é algo que eu faria. Mas sorte que fui convencida a ir.
Há de se considerar que o diretor já havia se "reinventado" bastante em Meia Noite em Paris, filme que lhe concedeu o Oscar de Melhor Roteiro Original. Sair de Nova York e dinamizar mais suas histórias já foi um grande passo para um diretor que está beirando os 80 anos. Isso, de fato, já representa um grande feito. Mas para quem pensa que Woody Allen se superou em Meia Noite em Paris, deve assistir a esse seu novo filme.

Capa de Para Roma, Com Amor

A história foi baseada na obra Decamerão, escrita por Giovani Boccaccio, entre 1348 e 1353, mas Woody Allen adaptou-a para os dias de hoje. Ela é subdividida em 4 histórias, que aparentemente não se relacionam, mas são todas embasadas em relacionamentos (por mais que esse tipo de filme pareça entediante, acredite, não é).

A primeira delas é a respeito de um casal que vive em Roma. O namorado, Jack (Jesse Eisenberg), encontra pelas ruas da cidade o arquiteto consagrado John (Alec Baldwin), que passa a ser uma espécie de consciência para o garoto no decorrer da trama. Ele também se identifica com as situações enfrentadas por Jack, sobretudo quando a sedutora amiga de sua namorada, papel de Ellen Page (atriz de Juno) chamada Monica, vem passar uns dias na casa do casal e acaba conquistando o garoto.
Não subestime a atriz, por sua pouca idade ou aparência comum, pois sua atuação é realmente muito boa. Essa história é bem legal, sobretudo pelos comentários de John. A garota conta diversas histórias para surpreender Jack, que acaba se envolvendo e admirando-a cada vez mais. 

Ellen Page, Jesse Eisenberg e Alec Baldwin

Ao mesmo tempo, Jerry (Woody Allen) e sua esposa Phyllis (Judy Davis) viajam a Roma para conhecer o genro e sua família. Phyllis é uma psiquiatra que vive analisando seu marido e Jerry é um aposentado que mostra-se frustrado com a falta de uma atividade. No entanto, uma surpresa relacionada com o novo sogro de sua filha despertará o interesse de Jerry.
Essa é a história, na minha opinião, mais cansativa do filme. Convenhamos, Woody Allen sempre reserva para si o papel do personagem mais chato, e nesse filme não foi diferente. No entanto, as situações em que ele coloca o sogro da filha são bastante divertidas.


Woody Allen e Judy Davis

A próxima história é relativa à vida de Leopoldo, interpretado por Roberto Benigni (premiado ator e diretor italiano), cidadão comum, de classe média, com uma vida pacata em Roma. No entanto, certo dia, ao sair de casa, ele é surpreendido com diversos paparazzis e repórteres que passam a tratá-lo como alguém famoso, fazendo perguntas banais e mostrando extremo interesse sobre sua vida. Ele se torna uma figura pública e passa a sair com modelos famosas, mas constantemente se irrita com a imprensa sempre à sua volta.
Essa história é sensacional. É bastante interessante a abordagem feita por Woody Allen nesse caso, pois mostra quão banais são algumas notícias a respeito de famosos. Perguntas ridiculamente desinteressantes são feitas para Roberto, como "o que comeu no café da manhã" e "que modelo de cuecas usa", gerando o humor da história e questionando alguns comportamentos da imprensa e dos consumidores de "fofocas de famosos".


Roberto Begnini
Por fim, a última história trata de um casal - Antonio (Alessandro Tiberi) e Milly (Alessandra Mastronardi) - que morava no interior da Itália mas vem para Roma devido ao emprego do marido. No entanto, Mille se perde do marido em busca de um cabeleireiro e acaba encontrando um famoso ator italiano, enquanto Antonio recebe um presente "inesperado" em seu quarto: uma prostituta (papel da linda Penélope Cruz), que acaba sendo confundida como esposa de Antonio, gerando uma enorme confusão para o rapaz.
Essa história é bem interessante também. A interpretação de Penélope Cruz é ótima, sua personagem é bastante divertida e a atriz realmente incorpora uma prostituta, sem modos ou etiqueta. A confusão toma proporções muito grandes, fator que gera o humor da história.

Alessandro Tiberi e Penélope Cruz

Depois da análise de cada pequena história, fica claro que minha avaliação sobre o enredo é bastante positiva. Apesar da história em que Woody Allen atua ser um pouco cansativa, o filme como um todo é dinâmico e muito divertido. Apesar de falar de sentimentos e situações não muito originais, a forma como o diretor as expôs tornou o filme, para mim, o melhor de todos já produzidos por Woody Allen (apesar de ter adorado Meia Noite em Paris). As imagens de Roma também são maravilhosas e contribuem para tornar o filme uma grande obra.

Trailer:

domingo, 8 de julho de 2012

All Work and All Play - Gerações e Consumo

Acabei de assistir um curto vídeo e logo corri para cá a fim de mostrá-lo a vocês.

Lembrou-me bastante um livro que li, O Y Da Questão. Ambos abordam a evolução das gerações ao longo do século sobretudo no ambiente de trabalho, e como isso afeta sua vida pessoal. Abordam também a famosa Geração Y, nascida no final da década de 1980, inicio de 1990, de indivíduos (como eu) que cresceram ao lado do computador, da tecnologia, da flexibilidade e da globalização. O livro que comento é muito interessante, a linguagem é bastante simples e os casos que os autores contam são engraçadíssimos, todos para demonstrar o comportamento dessa nova geração, que está entrando agora no mercado de trabalho. Não me aprofundo mais no tema pois admito que não me lembro de situações ou passagens específicas do livro, pois o li ano passado. Mas certamente o indico, vale bastante a pena.

Capa de O Y da Questão
Logo acima coloquei a foto da capa do livro, onde constam os autores (Lynne C. Lancaster e David Stillman) e a editora (Editora Saraiva). Dêem uma procurada nas livrarias.

Para quem quiser ter uma prévia, vale assistir ao video abaixo. O tema é esse mesmo. Ele foi feito pela Box1848, uma empresa de pesquisa especializada em tendências e comportamento de consumo. Ele começa explicando um pouco sobre os Baby Boomers, em seguida passa para a Geração X e por fim fala dos Millennials, que seria a Geração Y. Impossível não se identificar, é um trabalho muito interessante, que vale seus (apenas) 10 minutos de duração.